Milagre

O Papa está muito à frente do seu tempo. A medicina não o consegue acompanhar...



Peças de museu agora que a cura foi revelada....


Pergunto eu, os médicos de família e os farmacêuticos podem ser objectores de consciência ou serão excomungados? O Papa tem de fazer abstinência... e que tenho eu a ver com isso?



Para muitos o processo de cura começa aqui...


Será que ninguém viu este vídeo genial? GENIAL! Eu parti-me a rir, e vocês? Só mesmo os "bifes" para fazerem um vídeo destes sem complexos. Cá... levavam isto a sério. Comentem!


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25 comentários :: Milagre

  1. são umas atrás das outras, mas sem o querer defender, repare-se o que aconteceu com o bispo que praticamente negava o holocausto nazi, e só depois o Papa veio a saber dos seus pensamentos pseudo_historicos e nao aceitou as desculpas que o bispo fez ao vaticano porque as não fez ao mundo em geral e aos judeus em particular.

    Este Papa sofre de alguma ingenuidade. Também nao podemos querer dele a perfeição. Tem responsabilidades acrescidas mas também na universidade de Ratisbona foi (muito) mal interpretado. Falava como um académico no meio de outros tantos e depois a comunicação social empola apenas o que lhe interessa e veste as palavras no papa e nao apenas ho homem e teólogo que também é.

    Sobre este caso dos preservativos, eu penso que ele se referia ao mal em si, ou seja, não é o mal em si que lhe aflige, porque ele existe se concorrermos para ele. Ele segue a apenas a posição oficial da Igreja (que não é completamente dogmatica, atenção, estamos a falar de normaos gerais, tal como no aborto é admitido pelo Vaticano (Direito canónico)nas mesmas circunstancias da Direito Civil.

    Ou seja, eu penso que ele se esquece do problema africano onde a disseminação da Sida é qualquer coisa de perturbante, mas continua ainsistir no efeito e nao na causa (que tem a sua logica mas nao neste continente em particular), e que é, evitem promiscuidades, evitem parceiros a rodos, sejam monogâmicos que a Sida nunca vos atingirá... Porque a Sida nao é o cancro que pode apanhar qualquer um.

    Foram palavras infelizes, estas do Papa, mas penso que percebi a ingenuidade porque vê o problema apenas na perspectiva de que se se fica doente é porque se tem comportamentos de risco e falta de valores, o que é inadmissivel à luz da Igreja.

    Hugs

  2. Sida? hehe para nós é AIDS.
    Esse papo é doidio dizer uma coisa dessas. Se 99,9% da população já nao usa, ouvindo uma abobrinha dessa então... hummm Ó céus, ó dor, como dizia Hardy, a hiena.

  3. De todos os erros que a Humanidade cometeu ao longo da História os mais hediondos foram e continuam a ser cometidos pela Igreja. Acho que vindo de lá já nada me surpreende.

    Já viste este documentário:
    http://www.youtube.com/watch?v=scW90Q6Z_OM

    **Beijinhos**

  4. muito mesmo!

  5. Eu fiquei com os olhos esbugalhados e só mais tarde e depois de raciocinar e dar que fazer aos meus neurónios é que consegui tentar chegar à mesma ideia do Papa, é que o homem, apesar de não ter colocado bem as palavras e a intenção (sim, aquilo não se diz em público e perante populações que seguem a doutrina cristã, é propagação do vírus em larga escala), pelo que entendi, o Papa deveria estar a referir-se à prevenção da Sida sem ser pelo meio contraceptivo ou até sexual, ou seja, é necessário existir uma educação rigorosa e bastante esclarecida para se quebrar a corrente do vírus que se instalou em África, tudo por falta de informação. Sem querer defender ou apoiar qualquer parte, até porque não me considero religiosa mas sim espiritual, julgo que a mensagem a passar seria esta, se não foi nem é, então o Papa que tire um curso de medicina e vá ajudar a humanidade em termos científicos...

    Beijocas

  6. a intenção dele era boa mas ninguem percebeu.. ele tem é receio q a malta, faminta e a morrer de fome (literalmente) coma os preservativos.. loool já viram q ar apetitoso teem?? ;) hehhee

    realmente é triste.. enfim..

    abraço e um dia du best!

  7. =/ esse Papa é mais um prato de papa.

  8. E ainda há gente que dá ouvidos e apoia as ideias insanas de um Papa como este...

    *

  9. Um papa tem que ser muito claro e ponderado no que diz, não se pode dar (como foi dito aqui) a ingenuidades. Quanto a mim, não tem desculpa! Andamos a tentar educar os jovens para quê?????

    O vídeo está do melhor, o que eu me ri!
    Ups...já estou a ultrapassar os meus limites...

  10. Transcrevo um comentário que acabo de ver num blogue e que também postei no meu sobre a celeuma do preservativo e o Papa. A minha opinião ja foi transmitida e nao volto ao tema. A Sida nao se combate com palavras mas também nao se deve fomentar uma cultura de desresponsabilizaçao apenas em nome sabe-se lá de quê. A Sida nao se erradica com preservativos mas com uma mudança de mentalidades. Até lá, o preservativo terá de ser a pseudo-solução para que nao haja mais infectados. Mas entendo as palavras do Papa, como Vasco Pulido Valente de outra maneira entendeu.

    Hoje no Público, escreve ele assim:

    "Os valores de Bento XVI não são os valores de um governo, de uma ONG ou de um indivíduo que tenta limitar o imenso desastre da sida em África. São valores de outra ordem. São valores de uma ordem religiosa, que cada vez menos se percebem ou respeitam no Ocidente. Não vale por isso a pena discutir a moral sexual da Igreja (e do Papa). Vale a pena garantir que ela não invade a esfera da liberdade civil. Ora Ratzinger não andou por África a pedir que se proibisse o preservativo. Pediu aos católicos que prescindissem dele, em nome de uma perfeição que os católicos escolheram procurar. A influência dele é, neste capítulo, deletéria? Inegavelmente. Convém que ela não alastre em África (e na Europa)? Sem a menor dúvida. Mas sem esquecer que o Papa está no seu direito e no seu papel."

    Pense-se também no tamanho do destaque dado pelo jornal à notícia de hoje em que o Papa condena a rapina a que África é submetida nas suas riquezas naturais, e o destaque dado a esta notícia do preservativo.

  11. Daniel: compreendo a tua justificação. Subjaz nas palavras do Papa que a causa é mais importante do que a cura. Tu acrescentas que estas palavras seriam mais acertadas no mundo civilizado do que em África.

    Compreendo-te, presumo que sejas Católico, não questiono a tua fé, questiono a Doutrina (alguns dos princípios desta) e, em particular, o Direito Canónico (que não é mais do que a ordem que resulta da doutrina). Contudo, mesmo aqui, não há dogmas, pois alguns clérigos defendem o uso de preservativos.

    Na Religião Cristã, (de onde saíram várias Igrejas) a fundação dos princípios está nos 10 mandamentos. Abortar é uma violação do princípio do direito à vida segundo a Doutrina, a excomunhão pode ser a aplicabilidade da pena pelo poder vigente da Igreja segundo o Direito Canónico. E é precisamente no sexto mandamento, "não matarás", que se justifica o não ao aborto por esta Religião.

    Importa-me, assim, centrar-me nos princípios. Não partilhamos certamente da mesma Religião, nem da mesma Igreja, eu não tenho nenhuma, mas teremos eventualmente a mesma fé. Tu encontraste a materialização terrena dessa fé na tua Igreja, eu não encontro nenhuma verdade que me satisfaça, pois se fé tenho em que tudo tem de ter uma razão, já discordo das verdades actuais, que terão sempre o complexo de superioridade face às outras, pois sendo verdades serão únicas e, por isso mesmo, nenhuma é acertada. A haver verdade essa teria de ser a mesma para todos, sem excepção, independentemente das origens, pois essas, como sabemos, determinam muito mais o homem do que os genes.

    O princípio em causa tem a ver com a promiscuidade. O sexo é visto na Igreja Católica como uma forma de procriação, não de prazer. Muito menos de um prazer que não seja monogâmico. Não concordo com esta perspectiva secular que a Igreja mantém inabalável, pois entende ser um dos pilares da saúde social. Respeito, mas não concordo. Acho que a Igreja tem-se actualizado num ritmo questionável, e não falo dos livros, falo sim da praxis. Não será o primeiro erro da Igreja, que na Inquisição encontrou outras expiações para a sua verdade, mas é um erro e é grave.

    O prazer faz parte do equilíbrio do homem, em família ou noutro tipo de relação. Admitamos, academicamente, que numa família o casal só pratique sexo entre eles. Nada obsta a que um dos parceiros contraia sida por um tipo de transmissão que não a sexual, mesmo que respeite todos os preceitos religiosos (não uso de drogas, etc.). Veja-se o que aconteceu com os hemofílicos. A opção pela utilização dos preservativos é responsável, equilibrada, de bom senso.

    Compreendo o Papa, compreendo melhor os que o tentam justificar, não há maior prova de amor do que a solidariedade, mas não se pode justificar o injustificável.

    Se o problema está na causa, e sabendo nós que o homem não vai mudar de atitude por decreto canónico ou outro pois fala-se aqui de algo que transcende o espírito, então que não se interfira na prevenção ou na cura, que o Papa se concentre só na prática dos bons costumes, perceba este mundo que entrou num estado de permanente mudança, e que os seus discursos sejam inequívocos para todos. E não me digam que o espírito do discurso era académico, que é para eruditos que ele fala, pois se assim é... não devia ser Papa.

    Cris: e no Brasil o caso é preocupante, imagina se na Europa se toma esta atitude... felizmente os "apóstolos" já saíram em sua defesa a dizer que o Papa não falou em não se usar o preservativo, mas sim que se preocupou com os comportamentos desviantes. O Papa é um teólogo, fala para cátedras... e o rebanho não percebe.
    Beijos

    Em azul: tanto que só ele se percebe. Cinismo seria eu dizer que ele também estar contra a cura. Mas não lhe faço essa desfeita, ele é boa pessoa, ingénuo como o são muitos homens inteligentes.

    Karochinha: é isso mesmo. O Papa não devia interferir no campo médico, mas embora não haja maternidades no País dele (o Vaticano, sim é um Estado...), ele tem opinião formada sobre a família, as relações, os comportamentos... e a palavra dele é lei! Agora fui um pouco cínico, perdoem-me... os católicos, pois nos valores essenciais eu bebo dos mesmos.
    Beijos

    Karlitus: hahahaahahaha! fiquem sem resposta! :D
    Bom fim-de-semana!
    Abraço

    Cleyton: acho que ele é muito inteligente, mas é mau político... que é a cadeira que lhe deram e que ele aceitou!
    Abraço

    flor: não ficará para a memória, penso, até porque o anterior foi grande demais. Mas também cometeu erros... Ruanda, Jugoslávia... e atribuíram-lhe façanhas de outros... a queda do muro de Berlim (Gorbatchov, Teatcher e Reagen, os obreiros).
    Beijos

    Ana: pensamos o mesmo. É uma pena teres sido só tu a comentar o vídeo. É fantástico, e serão vocês as mulheres quem mais se rirá, estou certo.
    Beijos

  12. Será que a Igreja Católica vai continuar presa durante muito mais tempo a preconceitos antigos??? A preseguir "aqueles que querem ver". Antes também não aceitavam que a Terra era redonda e depois foi o que se viu....
    Bem precisam de escolher os melhores exemplos senão arriscam-se a caminhar sozinhos em direcção a "Deus".
    Abraços

  13. Olá

    Antes de mais deixa-me demarcar-me de uma conotação que atravessa toda a tua resposta. A de que teria falado sobre o Papa porque seria católico. Nada disso. Move-me o sentido de justiça (em que situação for, obviamente) e achei que devia dar a minha opinião. Não penso que devamos ser a favor ou contra (seja do que for) apenas porque simpatizamos (com a cor partidária, clubistica, ou outro...).

    Posto isto, vamos la entao:

    "Subjaz nas palavras do Papa que a causa é mais importante do que a cura. Tu acrescentas que estas palavras seriam mais acertadas no mundo civilizado do que em África."

    Correcto. Mas nao tem a ver com religião. Tem a ver com comportamentos e mentalidades (na minha opiniao, claro).

    "Contudo, mesmo aqui, não há dogmas, pois alguns clérigos defendem o uso de preservativos."

    E acho muito bem. Eu também defendo.

    "Abortar é uma violação do princípio do direito à vida segundo a Doutrina, a excomunhão pode ser a aplicabilidade da pena pelo poder vigente da Igreja segundo o Direito Canónico. E é precisamente no sexto mandamento, "não matarás", que se justifica o não ao aborto por esta Religião."

    Não é correcto. O aborto é permitido pela Igreja (pelo Direito canónico) nas mesmas condições do Direito Civil.


    "Não partilhamos certamente da mesma Religião, nem da mesma Igreja, eu não tenho nenhuma, mas teremos eventualmente a mesma fé."

    Não veja as coisas nessa perspectiva, ou seja, de que uma religiao ou partido nos norteie em tudo.


    "Tu encontraste a materialização terrena dessa fé na tua Igreja",

    Foi? :)


    "eu não encontro nenhuma verdade que me satisfaça, pois se fé tenho em que tudo tem de ter uma razão"

    Há mais coisas entre o céu e a terra do que na tua filosofia, dizia Shakespeare. Eu penseo que nao existe qualquer religião detentora da Verdade. Todas têm uma parte do puzzle. Daí os encontros ecuménicos tao fomentados pela Igreja catolica.


    "O princípio em causa tem a ver com a promiscuidade. O sexo é visto na Igreja Católica como uma forma de procriação, não de prazer. Muito menos de um prazer que não seja monogâmico. Não concordo com esta perspectiva secular que a Igreja mantém inabalável, pois entende ser um dos pilares da saúde social. Respeito, mas não concordo. Acho que a Igreja tem-se actualizado num ritmo questionável, e não falo dos livros, falo sim da praxis. Não será o primeiro erro da Igreja, que na Inquisição encontrou outras expiações para a sua verdade, mas é um erro e é grave".

    Concordo que o sexo nao devendo ser usado animalescamente ou instintivamente porque quando se fala em sexo fala-se no corpo e nao na mera genitalidade, se deva faze para nosso bel-prazer que nada tenha a ver com um fim especifico como a procriação, mas a mera satisfaçao do prazer. Todavia tal como nao se comem chocolates aos quilos ou cerveja aos litros, o sexo, no sentido da totalidade do ser humano, dedve ser entendido como realizaçao pessoal e fonte de prazer. Mas nao um prazer qualquer.

    "Compreendo o Papa, compreendo melhor os que o tentam justificar, não há maior prova de amor do que a solidariedade, mas não se pode justificar o injustificável".

    Precisamente. Eu nunca disse que ele fez bem em dizer o que disse. Apenas o tentei ler noutra perspectiva. Right?

    "Se o problema está na causa, e sabendo nós que o homem não vai mudar de atitude por decreto canónico ou outro pois fala-se aqui de algo que transcende o espírito, então que não se interfira na prevenção ou na cura, que o Papa se concentre só na prática dos bons costumes, perceba este mundo que entrou num estado de permanente mudança, e que os seus discursos sejam inequívocos para todos. E não me digam que o espírito do discurso era académico, que é para eruditos que ele fala, pois se assim é... não devia ser Papa."

    O discurso foi uma conversa informal no avião a caminho dos camarões, nao foi para eruditos nem academicos. Quanto ao facto de sabermos que o homem nao vai mudar de atitude, isso equivale a que a ciência continue incessantemente a tentar descobrir soluções enquanto milhares morrem só porque sim? É que a sida nao se transmite como o cancro nao obstante excepçoes como transfusões de sangue, mas estou a falar da regra, nao da excepção.

    Terminaria, dizendo que no caso do continente africano em particular, seria suicidio nao permitir ou fomentar o uso do preservativo, mas também os locais sabem que o preservativo nao é a solução, embora um mal menor. Depois o virus da Sida é infinitesimamente mais pequeno do que o espermatozoide pelo que ha probabilidades de o preservativo nao ser eficaz; depois porque se combate o problema ao contrário: é como se se dissesse a um ladrão: como ja conhecemos as tecnicas de roubo, vamos ensinar-te outras. Mas obviamente que foi uma tiradas muitissimo infeliz em particular naquele continente, porque, digamo-lo em boa verdade, que falar assim do preservativo é ate um incitamento à promiscuidade e o preservativo nao é infalivel.

    Lembro-me de uma propaganda da Margarida Martins da "Abraço" ha uns anos que no verão publicitava em tudo o que era sitio: autocarros, paredes, mupiies, outdoors... "Se vai de ferias, nao se esqueça do preservativo"...

    Ou seja, antes de mais aquilo era um atestado de menoridade chamando infantis a todos os que iam de ferias porque ja se sabia que iam andar aí com as hormonas aos saltos e nao iam aguentar o/as primeiro/as que lhe aparecessem.

    Depois, paradoxalmente, vem ao encontro do Papa de que este mal so se resolve pelos valores e pela mudança de mentalidade. Nao devemos apenas desistir. Se ele peca pela ingenuidade, todos nós (os outros) pecamos pela cultyura do hedonismo e do "como isto ja nao muda, aproveito".

    Todavia, no caso concreto de África, onde existe a bigamia, e considerando o numero de infectados, o Papa devia no minimo ter estado calado. Mas percebi a posiçao dele e foi o que comentei.

    Hugs

  14. Caro Daniel

    Não interpretei erradamente a tua posição, pelo contrário, vieste reforçá-la. E sim, acho bem cada um dar a sua opinião em consciência, e a tua tem tanta validade como a minha ou a de outra pessoa. Eu também manifestei a minha, daí o contraditório o que é normal entre pessoas de bem. E fico-te grato por isso.

    Eu não disse que eras católico, disse, isso sim, que presumia que eras católico. Não leves a mal tal indução, pelos visto errada, mas que foi corrigida amiúde na tua resposta. Mea culpa, mas acabei por não saber o que eras, eu sou claramente agnóstico, mas isso era fácil de perceber no meu texto. E sim, é importante esclarecermos a nossa verdade para que se possa interpretar o texto sem equívocos, para que se possa ter uma ideia da ideia e da fonte.

    Quanto ao aborto e ao Direito Canónico (última revisão em 1983 pelo Papa João Paulo II) penso que estás equivocado(repara, não digo que estás errado). De facto, o aborto é punido com a excomunhão, como é dito na agência Ecclesia de forma categórica; crime e manifestamente diferente do Direito Civil.

    Quanto a haver mais coisas entre o Céu e a Terra, não podia estar mais de acordo. Aliás, essa é a minha filosofia, daí ter dito " pois se fé tenho em que tudo tem de ter uma razão, já discordo das verdades actuais, que terão sempre o complexo de superioridade face às outras, pois sendo verdades serão únicas e, por isso mesmo, nenhuma é acertada. A haver verdade essa teria de ser a mesma para todos, sem excepção, independentemente das origens, pois essas, como sabemos, determinam muito mais o homem do que os genes". Penso que te escapou esta parte, mas fui inequívoco, convirás.

    Eu percebi que a tua explanação não era uma colagem ao que se inferiu das palavras do Papa, mas antes uma explicação das mesmas. Mas, vais perdoar-me, não é possível justificar o absurdo. O que o Papa disse foi absurdo, não vale a pena dizer que era noutro contexto, fazer dele uma vítima das palavras e de mal intencionados quem o ouviu. Ele disse o que pensa sobre esta questão, da mesma forma que o Cardeal Patriarca disse o que pensa sobre os riscos do casamento com muçulmanos (e nisto eu estou de acordo!). Um Papa não fala por falar, não usa metáforas, é o chefe da Igreja, é o primeiro representante de Deus na Terra para os Católicos, não se pode equivocar em matéria de fé, valores e princípios! Ele é contra o uso do preservativo, tout court! E é isso que eu acho injustificável, pois se aos clérigos é negado o prazer (embora nem todos sigam esta premissa) o mesmo não se aplica aos restantes mortais.

    As pessoas morrem e tornam a casar, divorciam-se e tornam a casar, namoram as vezes que forem necessárias para perceber se podem ter um projecto de vida comum; enfim, há tantas combinações não promiscuas de casal que obrigam (na minha modesta opinião) a sexo (contrário ao desejo da Igreja Católica) que em qualquer sociedade, mesmo nas ditas de primeiro mundo, o risco de Sida é elevado. O ano passado Clinton dizia deste mundo, "90% das pessoas que contraíram sida não sabem que a têm". Ela não se manifesta logo, nem sempre!

    Assusta-me que o Mundo ainda não tenha percebido que não vivemos em crise mas em mudança, como sempre vivemos, mas em que os ciclos económicos, tecnológicos e sociais são cada vez mais curtos. A Igreja tem sido monolítica nesta evolução e, ao contrário do que se pensa, João Paulo II ajudou muito a manter esta posição.

    Jugoslávia, Ruanda, Burundi, República Democrática do Congo, Timor, só para falar nestes casos e onde morreram ao todo milhões de pessoas, católicos que mataram católicos e católicos que mataram muçulmanos, foram completamente ignorados pelo Papa. É um facto, só o tempo poderá situar melhor o problema na história. Falo disto para sublimar que não devemos justificar tudo o que um Papa diz, também ele tem uma agenda escondida, mas esse tema deixo para outro post.

    Abraços e obrigado pela tertúlia

  15. E eu que te quero chamar pelo nome e nao sei, porque aoprendizes somos todos.

    Reteria so dois pontos para nao alongar muito isto.

    SUPONHO que as EXCEPÇÕES ao aborto estão previstas no Direito Canónico tal como no Civil. O teu link da Ecclesia revela apenas a "lei geral". E ha outra coisa na Igreja catolica: muita coisa se diz ex-catedra mas no plano concreto cada caso é um caso. E os padres aplicam isso diariamente nas suas paroquias, embora verificando CADA CASO. Mas quando se faz um discurso politico (para comparar) tambem nao se diz qual o valor do salário minimo nacional ou ao fim de quantos anos prescreve um crime, etc etc. É um pouco como a lei fundamental e o codigo civil.

    Quanto à verdade, que dizes "a haver uma verdade seria igual para todos, independentemente dos genes, etc) se fores à filosofia e ao proprio Cristo (como figura historica e nao so), ambos dirão: O que é a Verdade? A Filosofia apresenta a verdade de cada um, e Cristo nao responde à pergunta de Caifás ou la quem era, na altura do sentenciamento politico.

    De resto, cada cultura tem a sua noção e imagetica proprias. Deus pode ser representado de cor negra para os negros, e no Mexico a ultima ceia pode ter os frutos e comeres da zona em vez do calice e do pao. Mas entendo a tua questao. Todavia, nao seria tao dogmatico quanto à verdade. Volto ao dizer de Shakespeare e por isso deixar coisas suspensas... Nao encontraras nunca resposta para tudo. E tem de haver resposta?


    Sobre eu justificar o absurdo, continuas afinal sem me perceber bem. EU nao justifico: compreendi (como quem respeita) a leitura do Papa. E por isso mostrei essa leitura. Tens razao que ele devia ser mais cauteloso porque as palavras dele não têm o mesmo peso que as minhas ou as tuas, mas por isso também eu falei da ingenuidade dele. Acredito sinceramente que o Papa é um homem bom e nao tem o alcance politico de um chefe de Estado. Foi em ratisbona, foi com o bispo que quase negava o holocausto (afinal o Papa nao conhecia o pensamento do bispo e por isso quando soube o obrigou a retractar-se, coisa que o bispo fez ao vaticano e o papa disse que nao; teria de ser ao mundo e ao judeus em particular). E agora neste caso do uso dos preservativos devia nao dizer nada, mas afinal ele defende a doutrina oficial. Foi insensato; por isso digo: o Papa, este Papa é muito ingenuo, por menos que possa parecer a quem fala dele. O resto ja tu sabes sobre o que acho.


    Finalmente continuas a frisar MUITO o aspecto das relações, e da Sida e, e... mas nao é o Papa que erradica o mundo desse problema; nao é o Papa quem vai curar pessoas (infelizmente ainda ninguem), ou mudar mentalidades. Afinal o que fazem os politicos mundiais? Não jogam diariamente no campo da hipocrisia para poderem fazer valer os interesses dos seus respectivos paises? O Papa limita-se a ser genuino e autentico e acredita que nao é por isso que quer mal ao mundo... Pelo contrario. Infelizmente esquece-se que as coisas nao sao assim...

    Um abraço

  16. “Ele segue apenas a posição oficial da Igreja (que não é completamente dogmática, atenção, estamos a falar de normais gerais, tal como no aborto é admitido pelo Vaticano (Direito canónico) nas mesmas circunstancias da Direito Civil.” Hug

    Hugs, não é bem assim tão cor-de-rosa, linear e bonito. Ainda há umas semanas li uma notícia que uma criança de nove anos, repetidamente estuprada pelo padrasto, engravidou e abortou – porque para além do crime hediondo estava em perigo de vida, já que o seu corpo e saúde frágil não iriam, de todo, resistir a uma gravidez. Veredicto: Mãe da criança, criança e médicos excomungados pela igreja, pelo atentado que cometeram contra a vida. E o padrasto? Que cometeu um crime horrível e que pôs em perigo a vida de uma criança inocente! Ora, segundo uma das alminhas de apelido italiano e alto cargo no Vaticano – cujo nome não me recordo – mas o cargo tinha a ver com as relações entre o Vaticano e a América Latina (salvo erro), respondeu qualquer coisa como: A vida é sempre o mais importante, logo o crime dos médicos, mãe e criança é bem maior que o do padrasto. Ora tenham “santa” paciência, mas em que mundo é que estes bispos, cardeais, whatever vivem? Não é num de acordo com o Direito Civil, certamente...

    Quanto ao preservativo, não é apenas um anticoncepcional é uma protecção, não 100% eficaz, contra as possíveis doenças sexualmente transmissíveis – e não estou a falar só de SIDA, AIDS, HIV, VIH ou o que vocês lhe quiserem chamar – porque esse mundo é muito vasto e não se pode resumir apenas a uma doença. Quanto ao Vaticano, mais uma vez, a função dele é espalhar a palavra de Deus, os seus ideais de amor, família, sociedade com os quais nos podemos ou não reger (já que as religiões não devem ser impostas a ninguém) para convivermos de maneira harmoniosa e saudável em sociedade. Ora o preservativo, a meu ver, deve ser encarado mais como uma protecção contra possíveis doenças do que um anticoncepcional...porque anticoncepcionais há muitos e nem todos nos protegem contra esses flagelos.

    Quanto ao problema em África, para além da ajuda monetária que é necessária para a construção de hospitais e financiamento do tratamento anti-retroviral para aqueles que não o podem pagar (aka a maioria), acho que deviam apostar mais em workshops (não só aquelas que já existem, para convencer as pessoas a testarem-se e saberem se são portadoras do vírus), mas também workshops que expliquem como se contrai o vírus, as consequências que isso pode trazer e principalmente como evita-lo, em suma, devem apostar na educação sexual. Porque, segundo um ditado antigo, não devemos dar o peixe ao pobre, mas sim, ensina-lo a pescar...para um dia se tornar auto-suficiente.

    Para aqueles que ficaram com a ideia errada, só católica praticante, tenho fé e uma relação muito própria com Deus – aka não sou carneirista (no sentido em que não vou atrás das opiniões dos outros, do Papa ou de quem quer que seja, que eu ache que não são plausíveis e razoáveis.)

    Quanto ao vídeo ta brutal, ri-me imenso! Apesar de ser muito sensível a machismos e hipocrisias.

    Obrigada pelo comment no meu blog e desculpa a invasão (eu tenho perfeita noção que me excedi neste comentário)

    Beijinho

    Anónimo

    21/3/09 15:44

  17. Este comentário foi removido pelo autor.
  18. Já que te interessas pelo tema não sei se já conheces o projecto Red. http://fashion-a-porter.blogspot.com/2009/02/comportamento-lifestyle.html

  19. Daniel: No geral estamos de acordo,só aqui 2 temas que nos separam;
    1. Se há coisa que não fui foi dogmático. Não tenho nenhum dogma, nenhum, expliquei-te que não tenho verdades, daí a minha ignorância. Disse-o na primeira resposta e reforcei-o na segunda. Bastou-me teres-me dito que não eras Católico para eu não o referir mais, aliás tinha sido só presunção pois nunca o afirmei... por isso também te peço que não insinues que sou dogmático, nem cites Shakespeare... antes um filósofo, pois eu defendo que nunca se encontrará a resposta, foi isso que disse até à exaustão... :) ... nunca, pois pedir uma resposta, é o mesmo que pedir a uma célula para justificar o corpo. Um dia desenvolvo com mais tempo este tema que me é particularmente caro!
    2. Eu acho que justificar as palavras do Papa não faz sentido. Está dito, está dito. É o que ele pensa e para mim não há outra poesia nas suas palavras. Se o acho uma pessoa de bem, acho. Agora quanto ao resto,tenho sérias reservas quanto à Igreja, embora reconheça que faz bem muita coisa quando é promovida por leigos!
    Abraço (não quero transforma a tertúlia em tortura, mas obrigado pelo contraditório... nada melhor do que a troca de ideias!) :)

    Pepa: começando pelo fim; sim, conheço o projecto Red que o Bono não se cansa de promover, contando com ajudas preciosas como a da Oprah. Apoio o projecto, além do mais adoro as cores vivas! Não, nisso não sou português, vivi em miúdo em Itália, gostos... :)
    Quanto ao resto; bem, concordo com tudo! BINGO! No que dizes do Código Civil (lei geral, particular, lacuna na lei, jurisprudência, etc.) que não é comparável ao Direito Canónico. Até porque não há separação de poderes na Igreja, o chefe da Igreja é igualmente o chefe de estado e o supremo tribunal. Só ele pode desfazer uma excomunhão, como a que foi feita no Brasil.
    Chamaste a atenção para outras doenças sexualmente transmissíveis. Muito pertinente e ajuizado. Aliás, a transmissão destas doenças bacterianas ou viróticas faz-me por via sanguínea e só o preservativo pode dar algumas garantias de eficácia!
    Quanto ao problema de África, recordo-me de terem feito uma campanha alargada em S. Tomé e Príncipe onde foram efectuadas sessões com distribuição de preservativos que, depois, a população veio a dar às crianças para brincarem como balões... mais do que workshops, que são fundamentais, trata-se de os educar. Nisso concordo com o Daniel, com a mensagem subliminar do Papa; i.e. reforço a tua ideia, educar!
    Admiro a tua independência intelectual, procuro fazer o mesmo, e fiquei boquiaberto com a qualidade do teu português. Escreves, és jornalista... there must be a reason behind such proficiency!
    Gosto da tua alcunha, Pepa, do que pensas e como escreves. És sempre bem vinda! :)
    Beijos

  20. Olá de novo

    "1. Se há coisa que não fui foi dogmático".

    Podes ter interpretado mal. SE nao te importares que cite as nossas palavras da outra conversa, aqui fica:

    *Quanto à verdade, que dizes "a haver uma verdade seria igual para todos, independentemente dos genes, etc) se fores à filosofia e ao proprio Cristo (como figura historica e nao so), ambos dirão: O que é a Verdade? A Filosofia apresenta a verdade de cada um, e Cristo nao responde à pergunta de Caifás ou la quem era, na altura do sentenciamento politico.
    De resto, cada cultura tem a sua noção e imagetica proprias. Deus pode ser representado de cor negra para os negros, e no Mexico a ultima ceia pode ter os frutos e comeres da zona em vez do calice e do pao. Mas entendo a tua questao. Todavia, nao seria tao dogmatico quanto à verdade. Volto ao dizer de Shakespeare e por isso deixar coisas suspensas... Nao encontraras nunca resposta para tudo. E tem de haver resposta?*

    Ou seja, tentei dizer que a maneira como me parece encarares a verdade, seja la o que isso for, é muito dogmatica pelo que tu proprio disseste (reler citaçao acabada de fazer). Foi nesse ponto que te achei dogmatico. Porque dizes que a verdade é so uma e nao muda independetemente dos genes etc... embora eu perceba a tua ideia...

    Eu sou catolico. Mas tambem sou critico. Eu nao cheguei a dizer que nao era. Disse: "Foi?" Da mesma maneira que um deputado pode discordar das linhas do seu partido, um amigo das ideias do seu amigo, um catolico nao é um mentecapto. ;)



    "2. Eu acho que justificar as palavras do Papa não faz sentido. Está dito, está dito. É o que ele pensa e para mim não há outra poesia nas suas palavras. Se o acho uma pessoa de bem, acho. Agora quanto ao resto,tenho sérias reservas quanto à Igreja, embora reconheça que faz bem muita coisa quando é promovida por leigos!"

    Reconheço que nao se justifica o injustificavel, como reconheço que para o Papa o injustificavel é o uso do preservativo como forma de erradicaçao do problema. OU seja, nao aceito mas respeito e entendo. E entendo muito bem.

    Abraços :)

  21. Eliminar o comentário de: O aprendiz de ignorante


    Aprendiz disse...
    Caro Daniel: ser dogmático é ter dogmas. Da wikipedia:

    "Um dogma (do grego δόγμα, plural δόγματα) é uma crença/doutrina imposta, que não admite contestação, cada um dos pontos fundamentais e indiscutíveis de uma crença religiosa. No campo religioso, alega-se ser uma verdade divina, revelada e acatada pelos fiéis. No catolicismo, os dogmas surgem das Escrituras e da autoridade da Igreja Católica."

    Tu citaste-te a ti próprio para tornares a afirmar aquilo que te pedi para não fazeres. Eu explico. Na tua citação só avalias uma frase minha desvirtuada do contexto e daí às conclusões é um átomo.

    Eu volto a explicar o que penso; se as verdades (falo aqui das religiões, obviamente) se contradizem entre si, então não são verdades.
    As simple as that!
    Se houver verdade, no campo formal e não material, ela implica a não contradição! Assim, a haver verdade, teria de ser única!
    Mas eu também não disse se havia verdade, nem que havia resposta para tudo, pelo contrário, disse que pedir ao homem essa resposta era o mesmo que pedir a uma célula que justificasse o corpo.

    Quanto ao seres católico ou não, eu disse, e passo a citar:

    "Eu não disse que eras católico, disse, isso sim, que presumia que eras católico. Não leves a mal tal indução, pelos visto errada, mas que foi corrigida amiúde na tua resposta. Mea culpa, mas acabei por não saber o que eras, eu sou claramente agnóstico, mas isso era fácil de perceber no meu texto. E sim, é importante esclarecermos a nossa verdade para que se possa interpretar o texto sem equívocos, para que se possa ter uma ideia da ideia e da fonte."

    Nunca esclareceste este ponto, só agora, o que me leva a dizer duas coisas:
    - deduzi bem;
    - intelectualmente fui sempre honesto! (não estou a afirmar que não o foste, mas deixaste a dúvida e isso condicionou a minha percepção).

    Esta troca de ideias é impossível sem se perceber a convicção de cada um. Tu achas que tens distância crítica, que não fizeste a observação por seres católico; eu acrescento, tu tens opinião própria, mas o seres católico faz para mim toda a diferença no que disseste. E não, nunca disse que um Católico era mentcapto, nem esses nem todos os outros. Não é a fé em algo que nos diminui!
    Como diria o Shakespeare, que citaste novamente, "tanto barulho por nada", uma peça que li traduzida pela minha mãe! ;)

    Abraços e desculpa se fui mais incisivo, mas precisava! :)

  22. Meu bom amigo (isto é que vai um namoro) ;)

    Nao te vou tomar muito tempo, mas és alguém com elevação no diálogo, o que é muito importante, dado que partilhar pontos de vista diferentes com elevação é do mais enriquecedor que há.


    Sobre o dogmatismo nao me referia ao religioso, mas sim no sentido metaforico da palavra. Tentava dizer que nao podes encontrar A verdade, porque ela se reparte, nao é exclusiva de nada nem de ninguem, e ja te deu exemplos disso (culturas, raças, filosofia...). "És muito dogmatico", equivale a dizer metaforicamente "nao abres mao dessa ideia, centras-te muito nisso e nao ha mais nada para além dessa forma de pensar" e podemos usar no quotidiano sem qualquer conotação religiosa. Perguntaram a Cristo quando referiu ser o caminho, a Verdade e a Vida: "O que é a Verdade?" Mas Ele nao respondeu... E continuo a subscrever o que antes tinha dito, ou seja o ecumenismo mais nao é do que a junção das partes da Verdade (digo eu).

    Repara na transdisciplinaridade. Há áreas do saber que só o sao porque se interligam com outras areas. Isoladas seriam ridiculas e limitadas... (nao estou a falar de religiao que, curiosamente, também vai buscar para além da Teologia, a Antropologia, a Psicologia e a Ciência). É por isso que o Vaticano nao afirma dogmaticamente a crença em Fátima nem no santo Sudario, mas na duvida, faz-se reverencia... Apenas para citar dois exemplos mais conhecidos.


    Notei uma contradição tua: dizes que achas que tenho distância crítica, que não fiz a observação por seres católico; Nada mais correcto. Mas depois escreves: "tu tens opinião própria, mas o seres católico faz para mim toda a diferença no que disseste".

    Das duas uma: ou conseguimos ser equidistantes e nesse caso eu tenho opiniao crítica INDEPENDENTEMENTE do facto de ser catolico, agnostico, ateu, ou cristao nao catolico, whatever ...) ou o que eu digo faz toda a diferença se disser que sou agnostico ou ateu ou crente.

    Nesse caso a Justiça nao funcionava. O Supremo TRibunal de Justiça é composto por magistrados nomeados PELOS PARTIDOS POLITICOS (e, como tal, afectos a eles) embora também pela Assembleia da Republica). Em cosnciencia nenhum juiz decidirá a favor da causa que favoreça o seu partido dentro do poder discricionario que tem...


    Nao peças desculpa. Eu tambem nao estou habituado a tanto, mas deu para manter uma conversa civilizada :)

    Abraço :)

  23. Daniel: obrigas-me a voltar ao tema.

    Eu disse:
    "Tu achas que tens distância crítica, que não fizeste a observação por seres católico; eu acrescento, tu tens opinião própria, mas o seres católico faz para mim toda a diferença no que disseste.". Fiz uma afirmação sobre aquilo que tu pensas que tens sob esta matéria, mas eu acho que não, que tens sempre uma ligação umbilical mesmo que penses o contrário.
    Faz toda a diferença sabermos qual é o ideal dos outros. Nos EUA os Governadores e Senadores têm de declarar os seus interesses, por exemplo, para que no momento das votações se saber porque é que alguém votou contra o tratado de Quioto pois pertenceu aos quadros da Exxon-Mobil.
    Vou ter de ser mais explícito nas respostas, embora pensasse ter sido claro.

    Quanto à desculpa é algo que não faço se não cometo delito, nem intelectual, esse é um hábito que aprendi com os ingleses. Assumo o erro com facilidade, mas não gosto de salamaleques, subserviências. Somos ambos independentes, livres pensadores, mas haverá temas em que condicionalismos próprios nos farão ter posições condicionadas, como com toda as pessoas, é a natureza humana.

    Um abraço, e como estamos entre gente de bem, em minha casa quem fecha a porta sou eu, mas se quiseres continuar esta discussão és bem vindo! :)

  24. OLá

    "Faz toda a diferença sabermos qual é o ideal dos outros. Nos EUA os Governadores e Senadores têm de declarar os seus interesses, por exemplo, para que no momento das votações se saber porque é que alguém votou contra o tratado de Quioto pois pertenceu aos quadros da Exxon-Mobil."

    A isto eu ja tinha respondido com

    "Nesse caso a Justiça nao funcionava. O Supremo TRibunal de Justiça é composto por magistrados nomeados PELOS PARTIDOS POLITICOS (e, como tal, afectos a eles) embora também pela Assembleia da Republica). Em cosnciencia nenhum juiz decidirá a favor da causa que favoreça o seu partido dentro do poder discricionario que tem..."


    Entendo a tua perspectiva mas acredita que ha pessoas suficientemente críticas para poderem pertencer a um clube, partido ou religiao sem que por isso se sintam condicionadas. De resto nos States aquilo tem a ver com o factor corrupção ;)

    Abraço e desculpa hoje ser breve

  25. Daniel: olha que aqui estamos pior... pois lá ainda vão presos, mas é a minha opinião, embora não morra de amores pelo liberalismo... mas pelo liberalismo social, isso já compreendo.

    Abraço

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