On the rocks

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Tiesto, para ouvir bem alto e sentir o Verão... depois mergulha-se no mar. A hora é irrelevante. Apetece-me!




Rumba, para me rir quando sair do banho... evito secar-me! Segue a letra no Karaoke se conseguires...



KARAOKE


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Plágio

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Descobri por mero acidente as Bananarama (de 1982) ou Spice Girl (de 1994) coreanas. Quem são? Simples, uma girls band. As Girl Generation (de 2007) são frescas, leves e divertidas; música para dançar. Sucesso? Imenso; estão em vários top charts.

Mas porquê o meu interesse se não é música que me tire o sono?

Pela primeira vez vejo um plágio permitido no Youtube. De facto, uma música deste grupo foi copiada dentro do grupo Universal por outra banda do Uzbequistão... de onde??? Um país entalado entre o Cazaquistão e o Afeganistão, boa vizinhança... portanto! Aqui não existem direitos de autor, mas acredito piamente que os trampolineiros nem imaginassem que um dia alguém desse com a cópia. Bastou o Youtube. E se é impressionante a qualidade da cópia, são magníficos os comentários que a acompanham.


ORIGINAL

KARAOKE


CÓPIA



E agora fechem a boca que eu fiz o mesmo. Para desenjoar das ubzequistanesas deixo-vos mais uma música das coreanas.

É impressionante a montra que surge no vídeo pois as protagonistas são verdadeiros manequins. É curioso comprovar que as cores variadas estão na moda e que as sobrancelhas não são tratadas. Aliás, a beleza coreana procura retratar a mulher sem maquilhagem, os restantes atributos bastam. A proporção, essa, é a mesma do norte da Europa; os ditames da moda obrigam à proporcionalidade perfeita, mais 30% de pernas do que de tronco. Sim, eu sei, as portuguesas ficam eliminadas... mas eles são mais e nós vamos na onda! E que onda...



KARAOKE


Já tinham ouvido cantar em coreano? Um miúdo de 13 anos, ao ver a música a passar no meu portátil, aproximou-se e comentou... "brutal!". Está encontrado o público alvo. :)

Ah! Mulheres portuguesas, não desanimem... as coreanas precisam de saltos altos! ;)



Nota: quem conseguir cantar os Karaoke pode candidatar-se aos Ídolos. Afinal ela fez o mesmo...

Vermelho de melancia

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Ele foi o primeiro a chegar, sempre fora pontual. O restaurante não era frugal, nem a ementa, o branco incial que tomava conta da vista era só ilusão, em cada recanto havia um detalhe, minimalista é certo, mas surpreendente.

Olhou ao redor a procurar algo, nos olhos a expectativa indisfarçável que o acompanhava desde criança quando a surpresa era esperada, desejada. O seu olhar cruzou-se com o meu mas não parou, não era a mim que ele procurava. Eu, pelo contrário, não pude deixar de olhar para ele; há homens que vemos mesmo quando não os olhamos. A entrada fora triunfante, "la piece de resistance" de uma sala já de si perfeita.

Os meus 30 anos foram lutados e a minha beleza esconde há muito o que as mão sabem. Sim, dizem-me bela e eu sinto-o nos outros, respiro-o no olhar e vontade dos que me rodeiam.
Agora, ignorando-me, deixou-me ainda mais sedenta, como se um desejo de o possuir fosse um imperativo.

O empregado acompanhou-o até à mesa ao lado da minha. Não pude deixar de reparar no sorriso de soslaio que o chefe de sala me lançou, como se pressentisse o crime, como se fosse o algoz a preparar o cadafalso.

Pegou na cadeira e arrastou-a como quem desliza algo que sempre fora seu; era rei num palácio branco, alvo, sem rival. Sentou-se. Ajustou a cadeira à mesa num pequeno gesto, quase imperceptível. Só agora reparei nos detalhes. O fato preto, italiano certamente pelo corte arrojado, as calças que mostram uns sapatos sem mácula, como se os pés tivessem sido moldados para que eles nunca enfolassem a pele.

Mirei a mesa com descrição pois pressenti que olhava para mim. Nós, ao contrário dos homens, nunca nos denunciamos sem vontade.
O meu vestido é alegre, jovial, uma explosão de cores e alegria. Vim sem maquilhagem, com os cabelos soltos, e porque a noite foi em claro não desisti dos óculos escuros, melhor agora que precisava de indagar sem ser desmascarada.

Dizem que é discúpulo do Ferran Adriá, coisa que nunca confirmei, mas adoro quando o chef vem à mesa cumprimentar; começa sempre por enaltecer a vista como prémio a resistirmos à sua comida. Depois vem a fecunda descrição do que comemos, como se a confeccção só terminasse com a criação de novos sentidos.

Distraí-me, bolas, onde é que ele está? Olhei ao redor mas nada, nada mesmo. Na mesa uma fatia de melancia fora deixada ao acaso. Bolas! Perdi-me assim tanto tempo? Como? Ele nem comera?

Por momentos senti-me atordoada, como se a razão me faltasse. Procurei um cigarro na carteira, precisava de fumar urgentemente; não era vontade nem pânico, estava perplexa!

Levantei-me e dirigi-me para o terraço sobre o mar, talvez a 50 metros a pique acima do azul, uma varanda no imponderável. Dobrei-me ligeiramente para acender o cigarro.

Não, estava a enlouquecer, não pode ser! Levantei os óculos para ver melhor. Mas sim, na saia uma nódoa pequena, nada que me tirasse o dia numa saia alegre. Envergonhada, sem deixar cair a compostura, levei um dedo aos lábios e esfreguei-o de seguida na nódoa. Nada, pouco saíra. Repeti o gesto.

O rubor invadiu-me a face como se estivesse a arder em febre. De repente tudo rodava à minha volta, e se o terraço convidava agora oferecia-me vertigens, náuseas, senti-me a desfalecer...

Apercebi-me de um movimento na sombra da cobertura. Senti o gesto pelo canto do olho, já no limite da minha visão. De pronto, uma mão surge do nada com um isqueiro como se estivesse ali para me servir. Ele, sorrindo, disparou: sabia a melancia?





Nota: a mudança continuada de humor, por vezes no mesmo parágrafo, a utilização intermitente do presente, do pretérito perfeito e do mais-que-perfeito, foram as ferramentas que tive à minha disposição para escrever como uma mulher. Tarefa impossível dirão, mas a tentativa foi honesta!

Frase estival

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Sou como a gripe A, contagio... mas só a menos de um metro de distância!





Nota: há os convencidos e os infectados...