Let's stay together

Alguém conhece o Al Green? Um homem muito à frente do seu tempo e não falo só musicalmente, mas também no optimismo que passava às letras que cantava.

Vivemos tempos fáceis onde tudo e todos são descartáveis. A globalização trouxe-nos ferramentas, disponibilidades e crises que não são mais do que reflexos de nós próprios.

Hoje, falar em fidelidade ou num amor para toda a vida soa a alguém ultrapassado pelos acontecimentos, desadequado à realidade e, manifestamente, um ente utópico. Nada mais errado, será certamente alguém à frente do seu tempo e que sabe que entre os homens são os detalhes que mais os separam, nada de substantivo.

Usamos a história, o passado, não só para nos enaltecer mas também para nos dividir. É tão fácil hipotecar a felicidade.





P.S. Esta música foi um hit em 1972, como posso eu lembrar-me eu dela? :D Mas será impossível não sentir a força da voz e do ritmo, é tudo alegria!

18 comentários :: Let's stay together

  1. Mto bom! Adoro começar o dia com posts alegres!
    Bom dia!

  2. Excellent choice!

    Anónimo

    17/6/09 09:48

  3. Realmente: essa ben(?)dita crise axiológica de nossos novos tempos tenta-nos a perder a medida das coisas.
    Gostei da canção!
    Paz.

  4. Pi: ou acabar o dia! :D
    Boa noite!

  5. Anónimo/a: their choice!

  6. Talita: axiologia... valores... o que é intrinsecamente bom? Se para os hedonistas é o prazer, para os pragmáticos é a satisfação, o crescimento ou a adaptação, para os humanistas é a auto-realização harmoniosa, para os cristãos será o amor a Deus.
    A globalização ofereceu-nos o confronto com valores distintos, e quando temos escolha preferimos os mais simples, imediatos, sem sacrifício ou reflexão.
    Crise axiológica? Sem dúvida!

    Paz... não fumo cachimbo, mas não preferes um gin-tónico? :)

  7. Volatando ao meu blog pela leitura de meus amigos...retomando!

    "vamos ficar juntos".....muito legal!

    realmente hoje em dia tá difícil ouvir isso com seriedade e um futuro nos olhos.

    Música linda1

    beijo pra vc

  8. Al Green tem uma luminosidade que contagia!

    Disseste à Talita que as expectativas diferenciam de acordo com o pensamento (para os humanistas seria uma coisa, para os cristãos, outra) e eu acrescento: para os românticos? Amar. :D
    Particularmente, achei teu post belamente sensível.
    Mas, usarei o Bauman e a noção de liquidez sobre o amor atualmente. Gosto da expressão "amor líquido". Troca-se de parceiros com a mesma rapidez que se troca de roupa. Consome-se amor, não necessariamente se ama.
    Enfim, Erich Fromm também diz que amar é uma arte, não é? :)
    Às vezes penso que, hoje, as possibilidades (de relacionamento) são tantas que ninguém (ou quase) quer saber de ficar a vida toda com a mesma pessoa.

    Gostei muito do texto e da música! :D
    Abraços! :D

  9. Olá meu nobre mestre Aprendiz, passei para uma visita e gostei de seu blog. Al Green é sinônimo de música de qualidade, muito bom mesmo!


    Forte abraço

    Caurosa

    Anónimo

    20/6/09 19:28

  10. Obrigada pela visitaaa.. to te seguinto também.. beijos

    ;D

  11. Acompanhei sim a trajetória deste cantor incrível, e a música que mais gosto é Tired of being alone, ouça... Bela postagem. Abraço

  12. Cris: concordo em absoluto contigo quanto ao tema. Este post vale pela música e pela jovielidade que ela transmite.
    Como dizem os brasileiros; "amei"! :)

    Beijos

  13. Teia: claro, tens toda a razão. Como me fui eu esquecer dos românticos? :)

    Bauman, sim, para além dos estudos sobre o holocausto... "Nunca houve tanta liberdade na escolha de parceiros, nem tanta variedade de modelos de relacionamentos, e, no entanto, nunca os casais se sentiram tão ansiosos e prontos para rever, ou reverter o rumo da relação." e acrescenta "a proximidade não exige mais a contigüidade física; e a contigüidade física não determina mais a proximidade."
    Confesso-te que não li o livro, mas conhecia por alto o conceito. Foi bom ler mais! :) Acho correcta e prudente a visão e as conclusões que tira.

    Erich From entendia que o amor não era uma emoção, mas sim uma capacidade criativa interpessoal que obriga a carinho, resposabilidade, respeito e conhecimento. Eu diria, de uma forma mais simples, que o amor é um acto de vontade! :)

    Acho que vivemos numa fase de trincheiras como Bauman refere; não sabemos para onde devemos ir, se estamos em guerra ou em paz, quem é amigo ou inimigo. As combincações sempre existiram, agora estão mais agilizadas com a internet e telemóveis. Contudo, mantenho o que escrevi no post. Difícil, "ser macho mesmo", é manter a mesma fêmea; o inverso é também verdadeiro! Fácil é trocar, no final a factura é grande...

    Beijos e abraços!

  14. Caurosa: eu também fiquei fascinado com Al Green!
    Volta sempre. :)
    Abraço

  15. Mariana: espero ter dado um contributo à pesquisa! :)
    Beijos


    P.S. Pode seguir-me à vontade, eu corro pouco! :)

  16. Tossan: olá amigo! Sim, também gosto, mas tenho por esta a predilecção das coisas simples.
    Vá aparecendo.
    Abraço

  17. Tudo depende de nós, mais que não seja a reacção àquilo que nos acontece de inesperado. Durante muito tempo não pensei assim e foi tempo perdido. Bijous

  18. Mikas: sim, a vontade e a intervenção podem ser nossas, mas para dançar o tango são precisos 2. :=
    Só podemos desperdiçar o tempo que nos falta, o que já passou... todo ele... está perdido! ;)
    Beijos

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