Alguém conhece o Al Green? Um homem muito à frente do seu tempo e não falo só musicalmente, mas também no optimismo que passava às letras que cantava.
Vivemos tempos fáceis onde tudo e todos são descartáveis. A globalização trouxe-nos ferramentas, disponibilidades e crises que não são mais do que reflexos de nós próprios.
Hoje, falar em fidelidade ou num amor para toda a vida soa a alguém ultrapassado pelos acontecimentos, desadequado à realidade e, manifestamente, um ente utópico. Nada mais errado, será certamente alguém à frente do seu tempo e que sabe que entre os homens são os detalhes que mais os separam, nada de substantivo.
Usamos a história, o passado, não só para nos enaltecer mas também para nos dividir. É tão fácil hipotecar a felicidade.
P.S. Esta música foi um hit em 1972, como posso eu lembrar-me eu dela? :D Mas será impossível não sentir a força da voz e do ritmo, é tudo alegria!
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Mto bom! Adoro começar o dia com posts alegres!
Bom dia!
pi
17/6/09 09:13Excellent choice!
Anónimo
17/6/09 09:48Realmente: essa ben(?)dita crise axiológica de nossos novos tempos tenta-nos a perder a medida das coisas.
Gostei da canção!
Paz.
Talita Prates
17/6/09 16:41Pi: ou acabar o dia! :D
Boa noite!
Aprendiz
18/6/09 03:37Anónimo/a: their choice!
Aprendiz
18/6/09 03:38Talita: axiologia... valores... o que é intrinsecamente bom? Se para os hedonistas é o prazer, para os pragmáticos é a satisfação, o crescimento ou a adaptação, para os humanistas é a auto-realização harmoniosa, para os cristãos será o amor a Deus.
A globalização ofereceu-nos o confronto com valores distintos, e quando temos escolha preferimos os mais simples, imediatos, sem sacrifício ou reflexão.
Crise axiológica? Sem dúvida!
Paz... não fumo cachimbo, mas não preferes um gin-tónico? :)
Aprendiz
18/6/09 03:46Volatando ao meu blog pela leitura de meus amigos...retomando!
"vamos ficar juntos".....muito legal!
realmente hoje em dia tá difícil ouvir isso com seriedade e um futuro nos olhos.
Música linda1
beijo pra vc
Cris Animal
18/6/09 17:30Al Green tem uma luminosidade que contagia!
Disseste à Talita que as expectativas diferenciam de acordo com o pensamento (para os humanistas seria uma coisa, para os cristãos, outra) e eu acrescento: para os românticos? Amar. :D
Particularmente, achei teu post belamente sensível.
Mas, usarei o Bauman e a noção de liquidez sobre o amor atualmente. Gosto da expressão "amor líquido". Troca-se de parceiros com a mesma rapidez que se troca de roupa. Consome-se amor, não necessariamente se ama.
Enfim, Erich Fromm também diz que amar é uma arte, não é? :)
Às vezes penso que, hoje, as possibilidades (de relacionamento) são tantas que ninguém (ou quase) quer saber de ficar a vida toda com a mesma pessoa.
Gostei muito do texto e da música! :D
Abraços! :D
Teia de Textos
18/6/09 20:39Olá meu nobre mestre Aprendiz, passei para uma visita e gostei de seu blog. Al Green é sinônimo de música de qualidade, muito bom mesmo!
Forte abraço
Caurosa
Anónimo
20/6/09 19:28Obrigada pela visitaaa.. to te seguinto também.. beijos
;D
Mariana Dore
20/6/09 23:39Acompanhei sim a trajetória deste cantor incrível, e a música que mais gosto é Tired of being alone, ouça... Bela postagem. Abraço
:.tossan®
21/6/09 15:34Cris: concordo em absoluto contigo quanto ao tema. Este post vale pela música e pela jovielidade que ela transmite.
Como dizem os brasileiros; "amei"! :)
Beijos
Aprendiz
22/6/09 05:04Teia: claro, tens toda a razão. Como me fui eu esquecer dos românticos? :)
Bauman, sim, para além dos estudos sobre o holocausto... "Nunca houve tanta liberdade na escolha de parceiros, nem tanta variedade de modelos de relacionamentos, e, no entanto, nunca os casais se sentiram tão ansiosos e prontos para rever, ou reverter o rumo da relação." e acrescenta "a proximidade não exige mais a contigüidade física; e a contigüidade física não determina mais a proximidade."
Confesso-te que não li o livro, mas conhecia por alto o conceito. Foi bom ler mais! :) Acho correcta e prudente a visão e as conclusões que tira.
Erich From entendia que o amor não era uma emoção, mas sim uma capacidade criativa interpessoal que obriga a carinho, resposabilidade, respeito e conhecimento. Eu diria, de uma forma mais simples, que o amor é um acto de vontade! :)
Acho que vivemos numa fase de trincheiras como Bauman refere; não sabemos para onde devemos ir, se estamos em guerra ou em paz, quem é amigo ou inimigo. As combincações sempre existiram, agora estão mais agilizadas com a internet e telemóveis. Contudo, mantenho o que escrevi no post. Difícil, "ser macho mesmo", é manter a mesma fêmea; o inverso é também verdadeiro! Fácil é trocar, no final a factura é grande...
Beijos e abraços!
Aprendiz
22/6/09 06:36Caurosa: eu também fiquei fascinado com Al Green!
Volta sempre. :)
Abraço
Aprendiz
22/6/09 06:37Mariana: espero ter dado um contributo à pesquisa! :)
Beijos
P.S. Pode seguir-me à vontade, eu corro pouco! :)
Aprendiz
22/6/09 06:39Tossan: olá amigo! Sim, também gosto, mas tenho por esta a predilecção das coisas simples.
Vá aparecendo.
Abraço
Aprendiz
22/6/09 06:40Tudo depende de nós, mais que não seja a reacção àquilo que nos acontece de inesperado. Durante muito tempo não pensei assim e foi tempo perdido. Bijous
Mikas
22/6/09 11:15Mikas: sim, a vontade e a intervenção podem ser nossas, mas para dançar o tango são precisos 2. :=
Só podemos desperdiçar o tempo que nos falta, o que já passou... todo ele... está perdido! ;)
Beijos
Aprendiz
24/6/09 13:20