ROC, TOC e outros auditores

Estamos em crise; em crise financeira, de valores, de futuro. Mas há situações óbvias, tão óbvias que chocam por serem tidas como normais.

As sociedades (anónimas, por quotas, etc.) têm de ter a contabilidade organizada, publicar as suas contas trimestralmente ou anualmente, mas com um senão... as contas são sempre validadas por entidades pagas pelos próprios. Isto é de loucos! E ainda se admiram com a crise? Acreditam que alguém pago pela empresa vá denunciá-la por irregularidades? No limite o auditor demite-se da responsabilidade e a empresa contrata um novo.

Só há uma solução; ser o Estado a nomear e a pagar os auditores, e as empresas a pagar um imposto específico para este fim. Só as boas práticas permitem organizações com comportamentos éticos, já que muitos dos seus gestores têm tentações.

Ao Estado cabe regulamentar (bem e atempadamente), fiscalizar e punir. Para isso tem vários poderes, que faça uso deles!


4 comentários :: ROC, TOC e outros auditores

  1. Ora aí está uma coisa bem pensada. Estavas também a incluir as auditorias as fundações??

  2. Condordo contigo. Não deveria ser a empresa a pagar ao ROC...... mas enfim .
    Quanto a tua solução.....Será que poderiamos confiar no sistema ????? Com a crise financeira e de valores que anda aí .... as tentações são muitas.....
    Será necessário o ROC ?????????????? Não chega o TOC....

    Mary Mary

    Anónimo

    14/1/09 09:26

  3. Valentim: bem, nas fundações nem comento... num edifício estão tão escondidas as fundações! ;)

    Mary: não sou profissional, só cliente. Mas faço fé na tua experiência! Agora os ROC que se insurgam!

  4. Olá... tenho minhas resalvas. A corrupção é possível em qualquer das esferas de governo e da sociedade, porém confesso que há algum tempo atrás pensava exatamente neste ponto. Uma auditoria custeada pelo governo.
    Acredito que podera ser uma realidade a médio prazo, pois a medida que nossa democracia vá amadurecendo, as ferramentas de tecnologia avançam, a percepção da população melhora. Isso gerará condições de acreditar em uma auditoria custeada pelo Estado.
    Um abraço.
    Seu texto está ótimo.
    Moisés Ávila.

    Anónimo

    21/1/09 10:51

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