Deito-me, deitas-te, deitam-se,
sim, conheço-te há muito, muito pouco,
a ti, às outras, aos outros em ti, de ti;
viro-me, esqueço-te, esquecem-me,
na brevidade de palavras por dizer,
em conquistas sem sangue nem dor,
em verdades simples, tão simples
que tememos complicá-las; deito-me
e no alcance das mãos tenho-me a mim,
no silêncio do eu, daquilo que não dou
nem quero, naquilo que não sou nem posso;
olho as mãos por outras mãos tocadas
em viagens cúmplices e comprometidas,
algumas, outras de enganos pensados ou
inconscientes; deitas-te, procuras-me
e nas minhas mãos não sentes, não,
o sol e o vento que as moldaram,
o verde e o azul que por elas correram,
por elas, as mãos, as outras, tão breves
como as tuas de outros em ti...
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Não sei exactamente porquê, mas isto pareceu-me familiar...bastante familiar (não propriamente as palavras que escreveste, mas sim a sensação que transmitem).
Zlati
22/5/09 15:41#
Lisa: já tinha publicado este poema "noutra" vida! :) Contudo, continua actual. A ideia, essa, é universal; era-o antes de mim, é-o agora e sê-lo-á depois de mim. Bolas, nunca me tinha sentido um referencial, mas cada um de nós é o seu próprio referencial... desde que não seja ortogonal! :D
Beijos
Aprendiz
22/5/09 16:31Belíssimo texto!
Parabéns!
Paz.
Talita Prates
23/5/09 00:35Talita: obrigado! Paz aqui e sempre! :)
Beijos
Aprendiz
23/5/09 14:31Apenas uma coisa: Lindo! :D
Teia de Textos
24/5/09 01:47Teia: ainda bem que gostaste! :D
Beijos
Aprendiz
24/5/09 04:12parabéns pelo blog =) deixo um convite para o meu, se apetecer.
Teresinha
28/5/09 00:07Teresinha: a vontade nunca falta, quando se trata de quem me visita. :)
Beijos
Aprendiz
2/6/09 02:38