Sinto o copo a escorregar lentamente da mão. Não ofereço resistência; a percepção do acto vai perder-se no sono que me conquista. O álcool povoa-me as veias e o sonho vem em espiral.
As imagens sobrepõem-se umas às outras numa cadência publicitária sem mensagem ou alvo. As cores fortes dão agora lugar a arrepios azuis. O copo cai no meu colo e rola sobre a perna para o chão. O pouco whisky que sobrara marca em ziguezague as minhas calças. O azul abre-se em leque numa explosão de cores com o estilhaçar do copo na perna da mesa. Do eco faço a música que marca distintamente uma conversa entre dois estranhos.
Estão agora mais próximos; sim, conheço um deles, é alguém familiar e profundamente sentido. Olho-a de frente e reconheço-lhe os trejeitos, não mudara. Estendo-lhe as mãos para a abraçar e agarrei o vazio. Os sentidos libertam-se para dar lugar ao descanso imperturbável. Longe de mim acreditar que por detrás do paraíso há uma vida real.
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Ando a perder qualidades... ou a escrever pior! :)
Fica aqui a prova! :D
Aprendiz
20/5/09 12:26Se nada se aproveitar(opinião com a qual não concordo) Há uma coisa que é divinal. A Lisa. Adoro.
Kika
24/5/09 00:19Kika: ena, ena; fazes publicidade à Lisa. Eu cobrava! ;)
Também gosto da Lisa, mas há muitos bloguistas fantásticos, até geniais, felizmente. Essa a beleza da blogoesfera.
O meu comentário anterior prendia-se com o facto de este texto não ter sido comentado, nem por ti! hahaha! Nada de mal, talvez para outra audiência. ;)
Beijos
Aprendiz
24/5/09 04:15Pois eu acho os textos muito bons;)
Lidia Guedes
6/6/09 16:14Lídia: ena, ena, uma fã! :P Obrigado, é bom saber que alegro alguém mesmo nos textos mais abstractos. :)
Beijos
Aprendiz
7/6/09 14:30;)
Lidia Guedes
14/6/09 12:55